quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013















Carta aberta ao mundo, seja ele a cores ou a preto e branco

O mundo não pára, não espera por indefinições de quem quer mas se calhar não consegue. O mundo gira sem saber o porquê, mas mesmo assim todos os dias o faz no mesmo compasso e na mesma velocidade.
Eu vejo um mundo a cores, mas ao mesmo tempo também consigo ver um mundo a preto e branco. Consigo e tenho a capacidade de viver nesse mundo, onde todos temos um lugar, onde todos temos uma finalidade e onde todos construímos um só.
Nascemos porque todos nós temos um destino traçado, somos pequenas peças num puzzle gigante.
A certa altura crescemos e começamos a moldar o mundo à nossa forma, vemos e deduzimos as coisas à nossa própria maneira, porque iniciamos o processo de formação da nossa personalidade.
E o mundo continua a girar sem parar, sem saber o porquê, sem saber para que finalidade, mas continua sem hesitações.
Crescemos, marcamos as nossas posições, dizemos palavras certeiras e outras menos certeiras, zangámo-nos umas vezes com razão outras vezes sem motivo aparente, rimo-nos em momentos entusiasmantes, somos e fazemos os outros felizes.
E lá continua o mundo na mesma situação, gira, gira, gira e não sabe porquê. Mas continua firme e não olha sequer um minuto para trás, traça o seu único caminho que é o horizonte.
Quantas vezes já esperamos, quantas vezes já fizemos esperar, quantas vezes já caímos, quantas vezes já fizemos cair. Mas dia após dia continuamos a remar contra e a favor da maré.
Tal como o mundo quero continuar a minha grande batalha. Não me questiono, não fraquejo, não olho para trás e nunca vou parar.
E o mundo nunca pára. E o mundo gira sem saber o porquê.
E o que importa? Ele gira e sempre girará.

Ana Silva

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